"Jogo da Fronteira". Anote esse nome. Não precisa nem comprar, ele sairá de circulação. E o motivo é bem plausível, basta ler as regras do jogo:
"O negociante na fronteira tenta passar seis tipos de mercadorias. Três são legais, três são contrabando. É preciso blefar para passar as mercadorias ilegais. Se for pego, está sujeito a multa do governo. Mas é possível negociar com o xerife e pagar uma multa menor. Com isso, o negociante passa as mercadorias e não precisa enfrentar nem a revista nem a burocracia do Estado."
Essa é a Estrela inovando em matéria de brinquedo. E o detalhe é que esse jogo é indicado, pelo fabricante, para crianças acima de 9 anos. Quem diria, os brinquedos aparentemente inocentes ensinando a sonegar.
Uma notícia assim é como se não faltassem motivos para os pais se preocuparem com seus filhos e com a educação que essas crianças recebem. Tem nada acontecendo no mundo mesmo, né...
Mas nem tudo no jornal de hoje é motivo de tristeza.
O bom mesmo foi ler que o cd "Infinito particular", da maravilhosa Marisa Monte ficou em 2º lugar na escolha do Jornal "New York Times", como o melhor de música pop 2006.
Só para constar, afinal, são ossos do ofício, o primeiríssimo lugar ficou com o grupo "TV on the radio".
Who the hell...
Eu sei que a piada é sem graça, mas não sai da minha cabeça: tem coisas que nem a Philco faz por você.
Avança a fita...
Se virar o ano e eu não contar essas histórias, perco a moral. Pelo menos com os fantasmas deste blog que vos fala. Eles andam mais assíduos que nunca.
Finalmente, partes 1 e 2.
Take 1:
Há sabe lá quantos dias, eu tive que comparecer bem cedo ao centro da cidade.
"Comparecer". Tsc, tsc.. Quem lê, pensa que fui intimada a depor. Nada a ver.
Amenizando o enredo..
Tinha compromisso meio cedo no centro, meio cedo tipo 9h. Ou seja, contando engarrafamento, bla bla bla... é meio cedo para sair de casa, sim.
Resolvi ir sem carro, porque quem conhece aquilo lá sabe que é complicado estacionar. E quando não é complicado, é caro. Simples assim. Fora que dirigir e pegar engarrafamento não estava nos planos.
Só que eu tinha esquecido o principal: muita gente já estava de férias. No mínimo, os estudantes e muita gente que trabalha. Resultado, não tinha trânsito. Cheguei no centro da cidade às 7h45min. Definitivamente, ninguém merece!
Pensei com os meus botões, fazer uma horinha é uma boa pedida em qualquer lugar do centro da cidade, mas antes do comércio abrir?? Só se fosse para conversar com camelô montando barraca em plena Uruguaiana.
Acionei mais que depressa Pinky e Cérebro e pensei em tomar café. Afinal, tinha dormido pouquíssimo e o sono reinava. Achei um "Rei do Matte" aberto e resolvi só tomar um cafezinho simples, porque não tinha lugar para sentar. Essa foi a idéia do Pinky, claro.
O detalhe da foto: um sujeito ao meu lado pediu dois copos de 500ml de Mate diet com limão. Até aí, morreu Neves e dona Risoleta. O curioso foi ver que o tal sujeito quis adoçar antes de colocarem o mate. E a tarefa foi cumprida por ele mesmo, com um esguicho fenomenal de Zero Cal em cada copo. Fiquei enjoada só de assistir aquela cena.
Quando recorri ao Cérebro, resolvi procurar por um lugar mais apropriado. Leia-se: eu estava com sono e queria sentar. Procurei e achei algo como Confeitaria Colombo, com garçom e tudo servindo. Pedi um café da manhã decente e saquei um livro da bolsa. O título do livro, para quem gosta de ler, é "Reconstruindo a Vida Humana".
Estava calmamente tomando café, lendo livro, quando começou um 'burburinho' na mesa atrás da minha. Sou de peixes, mas não sofro de deficiência auditiva. Virei para ver o alvoroço. Vi dois rapazes num abraço meio apertado para condições normais. Juro que achei que estivessem brincando. Mas quando rolaram pelo chão distribuindo socos, percebi que era uma briga. A mulher que acompanhava um deles, tentou apartar, mas levou um safanão no rosto. Nessa mesma hora até o meu sangue ferveu. Mas, felizmente um segurança surgiu sei lá de onde e conseguiu imobilizar o encrenqueiro.
Faço a menor idéia o que levou os dois a saírem na mão, literalmente. Fazia muito tempo que eu não presenciava uma briga. Que passe mais tempo ainda até eu assistir outra. Detesto confusão.
Take 2:
Quando digo que coisas bizarras acontecem por aqui pode até ser novidade. Mas deixa de ser quando digo que aconteceu em Copacabana. Ô lugar para atrair esse tipo de acontecimento..
Bom, o fato é que eu estava mais uma vez com o carro parado no sinal, esperando abrir para eu estacionar na praia. Tinha um doido, perto do Manoel e Joaquim, na esquina da Francisco Sá com Atlântica, segurando uma lupa na mão direita, mirando os raios solares no objeto que estava na mão esquerda. O projeto de Einstein estava simplesmente acendendo o cigarro. E acendeu. E quando conseguiu, guardou a lupa no bolso da camisa e saiu solenemente fumando seu cigarrinho.
Quase perguntei se ele cobraria pelo 'showzinho'.
Vendo pelo prisma da maluquice, esse doido aí só pode fumar em dias ensolarados.. O pulmão agradece.
E bola para frente...
Au revoir.