31 de dezembro de 2006

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)

Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;


Novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)

Novo, espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,


Você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas


nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e nações,
liberdade com cheiro de pão matinal
direitos respeitados,
começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila
e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade

30 de dezembro de 2006

Tá chegando...



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29 de dezembro de 2006

O jeito do amor da nossa vida

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa só porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo. Nem no ódio vocês combinam.

Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado. O beijo dela é mais viciante que chocolate. Você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga. Ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas.

Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.

Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Como um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor. Essa raposa.

Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
Eu linda + Você inteligente = Dois apaixonados.

Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Homens honestos existem aos milhares. Generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
Pense nisso.

28 de dezembro de 2006

Um laço e um abraço

Meu Deus! Como é engraçado!

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.

Uma fita dando voltas?

Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?

Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento?
Como um pedaço de fita?

Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz - romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor é isso...

Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Simples assim.

Jogos, Marisa in NY e finalmente... (1 e 2)

"Jogo da Fronteira". Anote esse nome. Não precisa nem comprar, ele sairá de circulação. E o motivo é bem plausível, basta ler as regras do jogo:

"O negociante na fronteira tenta passar seis tipos de mercadorias. Três são legais, três são contrabando. É preciso blefar para passar as mercadorias ilegais. Se for pego, está sujeito a multa do governo. Mas é possível negociar com o xerife e pagar uma multa menor. Com isso, o negociante passa as mercadorias e não precisa enfrentar nem a revista nem a burocracia do Estado."

Essa é a Estrela inovando em matéria de brinquedo. E o detalhe é que esse jogo é indicado, pelo fabricante, para crianças acima de 9 anos. Quem diria, os brinquedos aparentemente inocentes ensinando a sonegar.

Uma notícia assim é como se não faltassem motivos para os pais se preocuparem com seus filhos e com a educação que essas crianças recebem. Tem nada acontecendo no mundo mesmo, né...

Mas nem tudo no jornal de hoje é motivo de tristeza.

O bom mesmo foi ler que o cd "Infinito particular", da maravilhosa Marisa Monte ficou em 2º lugar na escolha do Jornal "New York Times", como o melhor de música pop 2006.

Só para constar, afinal, são ossos do ofício, o primeiríssimo lugar ficou com o grupo "TV on the radio".
Who the hell...

Eu sei que a piada é sem graça, mas não sai da minha cabeça: tem coisas que nem a Philco faz por você.

Avança a fita...

Se virar o ano e eu não contar essas histórias, perco a moral. Pelo menos com os fantasmas deste blog que vos fala. Eles andam mais assíduos que nunca.

Finalmente, partes 1 e 2.

Take 1:
Há sabe lá quantos dias, eu tive que comparecer bem cedo ao centro da cidade.
"Comparecer". Tsc, tsc.. Quem lê, pensa que fui intimada a depor. Nada a ver.

Amenizando o enredo..
Tinha compromisso meio cedo no centro, meio cedo tipo 9h. Ou seja, contando engarrafamento, bla bla bla... é meio cedo para sair de casa, sim.


Resolvi ir sem carro, porque quem conhece aquilo lá sabe que é complicado estacionar. E quando não é complicado, é caro. Simples assim. Fora que dirigir e pegar engarrafamento não estava nos planos.

Só que eu tinha esquecido o principal: muita gente já estava de férias. No mínimo, os estudantes e muita gente que trabalha. Resultado, não tinha trânsito. Cheguei no centro da cidade às 7h45min. Definitivamente, ninguém merece!

Pensei com os meus botões, fazer uma horinha é uma boa pedida em qualquer lugar do centro da cidade, mas antes do comércio abrir?? Só se fosse para conversar com camelô montando barraca em plena Uruguaiana.

Acionei mais que depressa Pinky e Cérebro e pensei em tomar café. Afinal, tinha dormido pouquíssimo e o sono reinava. Achei um "Rei do Matte" aberto e resolvi só tomar um cafezinho simples, porque não tinha lugar para sentar. Essa foi a idéia do Pinky, claro.

O detalhe da foto: um sujeito ao meu lado pediu dois copos de 500ml de Mate diet com limão. Até aí, morreu Neves e dona Risoleta. O curioso foi ver que o tal sujeito quis adoçar antes de colocarem o mate. E a tarefa foi cumprida por ele mesmo, com um esguicho fenomenal de Zero Cal em cada copo. Fiquei enjoada só de assistir aquela cena.

Quando recorri ao Cérebro, resolvi procurar por um lugar mais apropriado. Leia-se: eu estava com sono e queria sentar. Procurei e achei algo como Confeitaria Colombo, com garçom e tudo servindo. Pedi um café da manhã decente e saquei um livro da bolsa. O título do livro, para quem gosta de ler, é "Reconstruindo a Vida Humana".

Estava calmamente tomando café, lendo livro, quando começou um 'burburinho' na mesa atrás da minha. Sou de peixes, mas não sofro de deficiência auditiva. Virei para ver o alvoroço. Vi dois rapazes num abraço meio apertado para condições normais. Juro que achei que estivessem brincando. Mas quando rolaram pelo chão distribuindo socos, percebi que era uma briga. A mulher que acompanhava um deles, tentou apartar, mas levou um safanão no rosto. Nessa mesma hora até o meu sangue ferveu. Mas, felizmente um segurança surgiu sei lá de onde e conseguiu imobilizar o encrenqueiro.

Faço a menor idéia o que levou os dois a saírem na mão, literalmente. Fazia muito tempo que eu não presenciava uma briga. Que passe mais tempo ainda até eu assistir outra. Detesto confusão.

Take 2:
Quando digo que coisas bizarras acontecem por aqui pode até ser novidade. Mas deixa de ser quando digo que aconteceu em Copacabana. Ô lugar para atrair esse tipo de acontecimento..

Bom, o fato é que eu estava mais uma vez com o carro parado no sinal, esperando abrir para eu estacionar na praia. Tinha um doido, perto do Manoel e Joaquim, na esquina da Francisco Sá com Atlântica, segurando uma lupa na mão direita, mirando os raios solares no objeto que estava na mão esquerda. O projeto de Einstein estava simplesmente acendendo o cigarro. E acendeu. E quando conseguiu, guardou a lupa no bolso da camisa e saiu solenemente fumando seu cigarrinho.

Quase perguntei se ele cobraria pelo 'showzinho'.
Vendo pelo prisma da maluquice, esse doido aí só pode fumar em dias ensolarados.. O pulmão agradece.

E bola para frente...

Au revoir.

27 de dezembro de 2006

Quase tudo e um cochilo

Tem dias que a gente acorda amargo.
Tem vontade de fazer nada.
Qualquer coisinha é motivo para briga.

A gente se assusta com tudo.
Dá vontade de chorar à toa.
Parece que todos estão contra nós.
Nada nos satisfaz.

Nenhum lugar é bom para se estar.
Tudo toma grandes proporções.
Dá vontade de se esconder.
Sumir de vez!

Nessas horas que a gente fica confuso,
O melhor a fazer é tirar um cochilo.
Se olhar no espelho e acreditar que somos fortes.

Basta querermos!

E se prestássemos um pouquinho de atenção,

Veríamos que as coisas mais simples na vida são intensamente ricas...
Quando sabemos que existem os grandes amigos.

Aquele que nos conhece do avesso,
Principalmente quando estamos "temperados" com sal e limão.

E esses amigos, ah, eses amigos..

Que nos faz sentir importantes.
E nos faz surpresas deliciosas!

Nos conforta quando precisamos.
E que está sempre ao nosso lado!
Mesmo que seja num abraço...
Até sabendo que tudo podia se resolver...
Só com aquele cochilo!

Como é gostoso pensar nos meus amigos.

Melhor ainda, encontrá-los quando tudo parece meio nublado.

Simples assim.

26 de dezembro de 2006

Histórias de Natal

Nessa festa de Natal eu aprendi uma coisa muito simples: conversar com sono ou após algumas taças de vinho provocam um efeito inusitado. Não em mim, porque por incrível que pareça não bebi, mas durante a ceia (e isso já era bem tarde) a animadora conversa me fez dar boas gargalhadas.

Lá pelas tantas, horas e taças, o marido da minha prima contava sobre um projeto de uma emissora de TV. E explica daqui, tergiversa dali, eis que saiu a pérola:

- E eles já compraram e pretendem construir uma estrutura igual ou maior que a do Kojac.
- O que foi que você disse? - perguntou minha prima, segurando o riso.
- Eles vão construir uma estrutura maior que o Projac - repetiu o marido.
- Ahhhh, tá. Pensei ter ouvido a palavra "kojac" - respondeu minha prima, meio que rindo.
- Eu também entendi Kojac - confirmei as suspeitas dela.
Caímos as duas na gargalhada.

Isso tudo era madrugada do dia 25.


Em plena tarde, eu estava entre bonecas e carrinhos de bonecas, vários brinquedos e passando mal, mas disfarçando para não desapontar minhas priminhas de 5 e 2 anos. Afinal, eu era a professora da escolinha que eles criaram na brincadeira.

Só que a professora (ou seja, eu) estava realmente passando mal e não aguentava sair do sofá. Eis que a minha prima de 5 anos veio conversar.

E fala daqui, fala dali... (ela é muito inteligente), ela se confundiu com qual daquelas 'tias' seria a minha mãe. E eu respondi: a loira. E ela, num raciocínio certeiro, mandou a seguinte:

- Sua mãe é loira?
- Sim, minha mãe é essa que acabou de sair da sala.
- Mas se sua mãe é loira e você não tem cabelo loiro, você é adotada??

Depois de meia hora rindo (sem exagero), expliquei que eu puxei ao meu pai, assim como ela é a cópia da mãe dela.

Tem coisas que só as crianças sabem dizer e perguntar. E eu amo muito tudo isso!

Que o Natal de todos vocês tenha sido tão harmonioso como o meu.

Porque é muito melhor ser feliz a ter sempre razão.
Simples assim!

Au revoir...

25 de dezembro de 2006

Hora dos presentes


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22 de dezembro de 2006

Historinhas de Natal


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21 de dezembro de 2006

Circuito VIP, etc e tal.

Repensando o que escrevi...

Geralmente quando vou ao supermercado fazer compras, a praticidade é o primeiro item da lista. Aliás, não sou comprar o que não consta dela.

O detalhe mais interessante é que eu observo as pessoas. Não que eu fique olhando para elas, mas costumo prestar atenção aos movimentos. Deve ser coisa do signo. Aliás, sempre é...

Dias atrás, numa dessas idas ao Circuito VIP, parei no corredor onde ficam os pães, bolos e etc. Queria uma marca específica de pão integral e procurava pacientemente a marca desejada.

Para os fantasmas de plantão, Circuito VIP é tudo aquilo que engloba "viagens" ao banco, supermercados e afins. Ou seja, o que eu mais 'adoro' fazer nesse mundo.

Go ahead...

Eis que parou ao meu lado uma senhora com uma embalagem vazia na mão, do tipo de pão que ela tinha que comprar para alguém, não me interessa quem. Até porque se ela contou, eu não me lembro.

E quando alguém resmunga ou tenta puxar conversa, eu sou aquele tipo de pessoa que abre um sorriso discreto, como quem diz: 'fala, que eu te escuto'.

Eu não me importo com o que digam perto de mim. Até porque cada um tem o direito de dizer o que quiser, mas se vou dar trela ou ajudar a desenvolver o novelo, é outra história.

E isso não tem nada a ver com a história do pão.
Voltando...

Aquela senhora queria ajuda para encontrar uma embalagem igual a que ela segurava. Deu a desculpa de que não estava enxergando direito, mas como me conheço, mesmo que ela estivesse de binóculo, eu a ajudaria.

Bom, o engraçado era a forma como ela pegava as embalagens para saber qual poderia levar. Uma delicadeza ímpar. Imaginei que cada pão daquele chegaria em casa com um formato diferente, algo parecido com mini-bisnaguinha.

Vou te enganar não, mas esse mês de dezembro está repleto de bizarrice. Aliás, pessoas bizarras invadiram o Rio.

Estava tranquilamente parada no sinal de trânsito, quando virei para o lado e olhei para o pessoal que estava dentro de uma kombi. E ninguém me contou, eu vi, a Jade estava lá dentro. Uma mulher com um treco na cabeça e os olhos pintados, tal qual a personagem da novela "O Clone". Eu olhei para o outro lado e me concentrei para não rir. E consegui.


Isso me lembra um doido tirando fotos em Copacabana, após o túnel entre as ruas Pompeu Loureiro e Raul Pompéia.

Eu reparei que ele tirava fotos apontando na direção do túnel e fiquei pensando "quem tira foto fazendo esse tipo de pose?". O sinal abriu e eu avancei com o carro, obviamente olhando pelo retrovisor para 'admirar' o que ele tanto enquadrava na máquina. E era nada mais nada menos que o Morro do Cantagalo.

Pensei com meus botões: o Morro do Pão de Açúcar é infinitamente mais bonito.


Mas deixe-me descrever os detalhes do sujeito. Ele estava de camiseta e usava cueca samba-canção estampada, de cetim e seguia em direção à praia. Se era gringo, eu não sei, mas que era uma figura.. ah, isso era.

Ainda tem história para escrever:
1. Homem da lupa;
2. F.B.I.;
3. Café com sopapo (isso tá virando matéria de gaveta..).

Não sei quando, mas eu volto.
O tempo passa, o tempo voa e a tal poupança foi comprada por um grupo inglês.

Melhor ser feliz, vai....

Simples assim.

20 de dezembro de 2006

O céu ficou mais azul

VIDA VÍVIDA
Por Masaharu Taniguchi

"Quem disse que sou um covarde
Sucumbindo ante as dificuldades?
Quem disse que sou corpo feito de alimentos?

A Vida não é figura de cera, não é figura de gesso.
Eu sou ciclone, sou furacão, sou redemoinho.
Eu transformo o ambiente, como se dobrasse um arame,
No aspecto que eu desejo.

Eu sou uno com a poderosa força
Que criou o Universo.
Eu sou a própria energia
Que da atmosfera faz o relâmpago,
Que transforma os raios solares em arco-íris,
Que faz eclodir do negro solo as rubras flores,
Que faz explodir os vulcões.
E que criou o sistema solar a partir da nebulosa.

Que é ambiente?
Que é destino?

Na hora exata, quando eu quiser,
Eu me liberto do mais triste destino
Como o peixe que se esgueira pelas fendas.

Não sou ferro,
Não sou argila,
Sou Vida.
Sou energia viva.

Não sou matéria inerte
Moldado pela situação
Ou pelo destino.

Eu sou como o ar:
Quanto mais comprimido for,
Mais força manifesto.
Tal como a bomba explode a rocha.

Eu sou Vida que,
No momento certo,
Rompe impetuosamente a situação ou destino.

Sou também como a água.
Nenhuma barreira poderá represar-me.
Se barrarem a minha passagem
Colocando grandes pedras no meu leito,
Converter-me-ei em torrente, cachoeira,
E saltarei impetuosamente.

Se me fecharem todas as saídas,
Eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculto por algum tempo,
Mas não tardarei a reaparecer.

Em breve estarei jorrando
Através de fontes cristalinas
Para saciar deliciosamente a sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar no subsolo
Eu me transformarei em vapor,
Formarei nuvens e cobrirei o céu.

E, chegando a hora,
Atrairei furacão, provocarei relâmpagos e trovões,
Desabarei torrencialmente, inundarei e romperei
Quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano."

* * * * *
Kamekiti Sensei, sua força infinita estará sempre presente em cada um de nós.
E o céu ficou mais azul, os anjos ganharam um imenso reforço...

15 de dezembro de 2006

Os embalos...

Resolvi tirar um pouco o pé do acelerador. Pelo menos hoje.

Este fim de semana será intenso e o termo 'acordar um pouco mais tarde' ficará para outra ocasião. Comecei a fazer as contas ontem à noite, quando me avisaram que horas chegará uma pessoa que preciso buscar amanhã na rodoviária.
. Na verdade, me informaram que a saída de sampa está prevista para 23:30. Oh well...

Não precisa ser fera em estrada para calcular um pouco menos que seis horas de viagem durante a madrugada. Soma daqui, diminui dali, cheguei a conclusão que 5h da matina estarei na Novo Rio dando o ar da graça e mostrando minha melhor faceta 'sei acordar cedo'. Aliás, muito cedo, já que 4:30 sairei de casa.

E sábado promete. E dá-lhe reunião de manhã em Copa até 11h e depois um evento na parte da tarde. E ainda me convidaram para o show da Ivete Sangalo amanhã, 21h no Maracanã.

Se eu for ao show, posso calcular 20 horas na atividade. Praticamente uma rave, sem direito a bala, doce ou bebida. Só para constar, sou mais inocente que criança de oito anos nesse quesito meio suspeito chamado "diversão em rave". Para bom entendedor...

Nada disso tira meu humor. Sei que não conseguirei dormir antes da virada do dia. E ainda tenho uma festa hoje, com direito a churrasco começando no início da noite.

Ihhh, vai prestar...
Como é que faz mesmo um clone?

Ainda devo a história do café regado à gentilezas.
Então anotemos mais duas: a senhora perdida entre os pães no supermercado e a incrível arte de saber calcular o tempo na época das férias. Férias dos outros.

Sem querer copiar, mas já...
Amo muito tudo isso!

Simples assim.


Au revoir...

Simplicidade

14 de dezembro de 2006

Século passado

Chover no molhado é um dito antigo.
Lugar-comum idem.

Mas eu não tenho como deixar de recorrer a esse tipo de expressão para definir o meu final de ano.

E eu nem penso em descansar na virada do ano. E nem posso pensar. Tem coisa à beça para fazer, inclusive nos sábados e domingos.
Quem mandou ser importante.

Olhando a agenda, percebi que só no mês de janeiro estarei fora em três finais de semana, mais precisamente em Volta Redonda e São Paulo. Se conseguirem encaixar outra viagem que estava com data indefinida, sigo até Angra dos Reis e Paraty no último sábado.
Prometo tirar muitas fotos.

Pois é, por causa desses trabalhos, voltei a usar agenda.

Quer dizer, eu NUNCA usei agenda.
Então, retificando, começarei (finalmente) a usar uma agenda.

Para espanto geral, eu explico..

Sempre gostei de preencher os dados pessoais nas agendas.
Ficava pensando... se algum dia acontecer alguma coisa esse espaço aqui "em caso de acidentes..." será muito útil.

Não sou doente, não sofro de hipocondria e tampouco tenho as idéias perturbadas.


Certa vez eu esqueci uma agenda em um hotel, em São Paulo. Um senhor, que se hospedou no mesmo quarto que eu, achou a agenda dentro da gaveta e, pasmem, me enviou pelo correio com uma carta dentro do envelope. Na carta ele explicava que tinha encontrado a minha agenda no quarto do hotel. E como pensava que poderia me causar algum problema perder aquelas anotações e telefones de contato, rapidamente se prontificou a enviar pelo correio.

Como minha memória é muito melhor que memória de elefante, lembro o nome desse cidadão: Max Englis. Sou de peixes, mas a carta que ele enviou já não pertence a esse mundo. Lamento informar, mas ela subiu no telhado.


Isso já faz um tempinho. E eu devia anotar as reuniões de trabalho ou de faculdade ou algo que o valha, para parecer tão importante. Mas havia números de telefone aos montes.

Sim, existem pessoas de bom coração neste mundo.
Como diriam uns amigos: eu acredito no Bem e eu pratico!

Assim como a Avon, o dever me chama e eu preciso me ausentar.

Depois eu volto para contar a história de café com sopapo.
Pois é, eu estava com sono, madrugando no centro da cidade e acabei despertando com uma troca de gentilezas entre dois marmanjos atrás de mim.

Quem viver, lerá!
Que horrível, mas eu estou com pressa e com a imaginação fora da área de cobertura.

Melhor ser feliz a ter sempre razão!
Simples assim.

Au revoir...

13 de dezembro de 2006

Para começar...

Preguiça é uma coisa.
Falta de tempo é outra.

Mas as duas acabam no mesmo lugar:
Esse blog está entregue aos fantasmas.

E eles se divertem.

Só para fazer presença, vim colocar uma imagem típica desta época do ano..

See ya later.
I promise!

11 de dezembro de 2006

Amando através da comunicação

Diga-me sempre que me ama através de suas palavras, suas atitudes e seus gestos. Não presuma que eu já saiba disso. Eu posso parecer embaraçado e até negar que preciso disso – mas não acredite em mim, faça-o da mesma forma.

Cumprimente-me sempre por trabalhos bem-feitos e não deprecie, e sim me apóie, quando eu falhar. Não tome as coisas que eu faço por você por obrigações.

Deixe-me saber quando estiver se sentindo por baixo, solitário ou incompreendido. Vai me deixar mais forte saber que eu tenho força para te confortar. Sentimentos, quando não verbalizados, podem ser destrutivos. Lembre-se de que, apesar de amá-lo, ainda assim não posso ler sua mente.

Expresse sentimentos e pensamentos de alegria. Eles dão vitalidade ao nosso relacionamento. É maravilhoso celebrar dias comuns, datas pessoais.

Quando você diz que eu sou uma pessoa especial, isso faz com que eu supere todas essas pessoas que, durante o dia, passaram por cima de mim e não me viram.

Não me deprecie, dizendo que o que sinto ou vejo é irreal. Se eu sinto e vejo isso é minha experiência e, portanto, importante e real!

Ouça-me sem julgar ou preconceber. Ser ouvido, como ser visto, é vital. Se você me vê e me ouve como sou naquele momento, isso é uma contínua afirmação do meu ser, enquanto nos ajudamos a crescer e mudar.

Toque-me. Segure-me. Abrace-me. Nós nos sentimos revitalizados através da comunicação de amor não verbal

Deixe que os outros saibam que você me valoriza. A afirmação pública de nosso amor faz com que eu me sinta especial e orgulhoso. É bom partilhar as alegrias de nosso relacionamento com os outros.

“Eu sei que você está pensando que as idéias acima não são realmente necessárias entre pessoas que se amam. Elas ocorrem espontaneamente. Nem tanto. São esses vários aspectos da comunicação que constituem o alicerce de um relacionamento amoroso saudável. Eles também produzem os sons mais maravilhosos do mundo!”

Leo Buscaglia

Livro: Amando uns aos outros - P. 70

7 de dezembro de 2006

Esse humor é tudo


(Clique no quadrinho para visualizar melhor)



5 de dezembro de 2006

Calvin and Hobbes II

Put Are Keep Are you

Coisas que só eu entendo e nem sempre explico.

Nessa época, tão particular, de querer excluir o palavrão do meu dicionário, uma versão "the book is on the table" é uma mão na roda. O fato é que cuidar da mente, seja lá da maneira que for, traduz em resultados brilhantes.

Um deles é que parei de contar até 10 para manter o controle. Num passado distante, talvez, eu me deixasse levar por situações de estresse e ficasse com os nervos à flor da pele. Recorrer a tal contagem era mais que um 'dito popular'.

Em uma palestra, há alguns anos, eu aprendi que esses segundos são necessários para aumentar o nivel de serotonina no corpo e baixar a adrenalina. Eu até procurei por esse material didático, visto que a memória RAM do meu cérebro anda um tanto sobrecarregada. Mas o fato é que não achei.

Ainda hei de pesquisar esse assunto, porque gosto de explicações um pouco mais sedutoras, ou pelo menos mais contundentes.

E falando na memória RAM do meu cérebro e o aviso para os interesseiros de plantão, que segue no post abaixo, uma coisa tem tudo a ver com a outra.

Sabe quando precisamos desfragmentar o disco do computador? Pois então, faz-se necessário o mesmo procedimento na minha mente. Isso de tempos em tempos, claro. E eu diria que final de ano é de praxe. Coloco as inutilidades para correr. Deleto apertando a tecla Shift, para nem ficar na lixeira.

Para quem vive me zoando, dizendo que os piscianos guardam tudo que pode e não pode dessa vida, aviso logo: depois que aprendi a jogar fora, não quero outra vida. Faço, sim, a devida peneira, mas o que torra a minha paciência, go to hell, com passagem só de ida.

Ando numa fase tão própria para mudanças. A única coisa que não muda, obviamente, é o meu humor. Na maioria das vezes ácido e irônico, que pensa e dá as respostas mais diretas e sem direito a gelo para anestesia.

Perguntas sem cabimento, merecem respostas igualmente sem pé nem cabeça.
Something like this:
- Tá pescando?
- Não, dando banho na minhoca.

Prometo voltar com histórias mais bonitinhas, afinal estamos há 20 dias do Natal. Momentos de amor e paz se aproximam.

Anota aí:
Melhor ser feliz a ter sempre razão.
Simples assim.

Au revoir...

Aos interesseiros de plantão



Porque eu não gosto de baixar o nível da conversa e porque também quero deixar de falar palavrão. Aliás, estou deixando. Porque não sou e nunca fui de escrever palavras de baixo calão, se é que me entendem.

Ou apenas porque gosto de recados simples.

Cansei, com todas as seis letras: C-A-N-S-E-I de pessoas que abusam da minha paciência, do meu senso prático e da minha sensatez.

Um dica: leia os classificados de domingo e veja se encontra alguém que sirva de orelhão para os seus problemas e chateações. TÔ FORA de 'amigos' que só sabem procurar para despejar lamúrias e reclamar dos outros. Até porque nem para reclamar dos outros usam de coerência. Reclamam e difamam num dia e estão bajulando e babando no outro.

"Quem fala dos outros para você, fala de você para os outros também."

Quem só me procura quando precisa de algo, eu tô virando a página. Literalmente.
Se está precisando de alguma coisa, procure nas Páginas Amarelas, no Google ou no raio que o parta, mas GET OUT HERE.

Época de fim de ano é assim mesmo. Limpeza geral. Já joguei fora muito lixo real e virtual.
Porque sou de Peixes, mas tenho ascendente em Escorpião. E eu não estou blefando, porque aqui a Lua é em Capricórnio.

E tenho dito!